Será que o amor realmente existe? Aquele das novelas, dos filmes, dos romances? Aquele amor é um conceito, que dá algumas regras: cuidar, dar atenção, conviver, respeitar.
Falar é fácil, difícil é fazer.
Dizer “Eu amo” é simplesmente um conjunto de duas palavras. E a ação? Será que é coerente às palavras?
Um ser apaixonado é um ser que ama?
Nem sempre, pois a paixão tem muito de fantasias e projeções sobre o outro, em suma, tem mais relação com quem está apaixonado, do que com o objeto da paixão.
Mas – AMAR – é algo diferente. É um ESTADO DE SER. É ter a certeza de que se faz parte de um todo, de que se é igual aos outros e de que se tem esse sentimento dentro de si, independente de estar dirigido a alguém.
Nos finais de ano tem-se a impressão de que as pessoas sensibilizam-se mais com a vida. Parece que, de repente, todos acordam para a realidade “AMAR”, mesmo que seja por breves instantes.
A proposta é, então, estender esse estado superior de SER para todo o ano seguinte. E como fazer isso?
A primeira coisa a se fazer é AMAR A SI MESMO, é ir para dentro de si e aceitar cada canto obscuro de seu interior, levando luz para eles.
Descobrir o amor por si próprio faz com que se descubra o amor pelos seres vivos. Esse “AMOR” não é fazer carinho ou cuidar, é ter a certeza de que somos seres bondosos, amáveis e unidos, que somos feitos da mesma matéria que o Universo, e que tudo está sempre bem. Essa conectividade, essa interligação tem esse nome: “AMOR”.
Marcia Maria de Rizzo
Dezembro de 2011