sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ouvir - Eckhart Tolle

Ouvir com verdadeira atenção é outra forma de trazer calma ao relacionamento. Quando você realmente ouve o que o outro tem a dizer, a calma surge e se torna parte essencial do relacionamento. Mas ouvir com atenção é uma habilidade rara. Em geral, as pessoas concentram a maior parte de sua atenção no que estão pensando. Na melhor das hipóteses ficam avaliando as palavras do outro ou apenas usam o que o outro diz para falar de suas próprias experiências. Ou então não ouvem nada, pois estão perdidas nos próprios pensamentos. Ouvir com atenção é muito mais do que escutar. Ouvir com atenção é estar alerta, é abrir um espaço em que as palavras são acolhidas. As palavras se tornam então secundárias, podendo ou não fazer sentido. Bem mais importante do que aquilo que você está ouvindo é o ato em si de ouvir, o espaço de presença consciente que surge à medida que você ouve. Esse espaço é um campo unificador feito de atenção em que você encontra a outra pessoa sem as barreiras separadoras criadas pelos conceitos do pensamento. A outra pessoa deixa de ser o "outro". Nesse espaço, você e ela se tornam uma só consciência.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Conspiração Espiritual

Na superfície da Terra, exatamente agora, há guerra e violência e tudo parece negro.
Mas simultaneamente, algo silencioso, calmo e oculto, está acontecendo, e certas pessoas estão sendo chamadas por uma luz mais elevada.
Uma revolução silenciosa está se instalando de dentro para fora. De baixo para cima.
É uma operação global.
Uma conspiração espiritual.
Há células dessa operação em cada nação do planeta.
Vocês não vão nos assistir na TV.
Nem ler sobre nós nos jornais.
Nem ouvir nossas palavras nos rádios.
Não buscamos a glória.
Não usamos uniformes.
Nós chegamos sob diversas formas e tamanhos diferentes.
Temos costumes e cores diferentes.
A maioria trabalha anonimamente.
Silenciosamente trabalhamos fora de cena, em cada cultura do mundo,
Nas grandes e pequenas cidades, em suas montanhas e vales,
Nas fazendas, vilas, tribos e ilhas remotas.
Você talvez cruze conosco nas ruas, e nem percebe...
Seguimos disfarçados.
Ficamos atrás da cena.
E não nos importamos quem ganha os louros do resultado, e sim, que se realize o trabalho.
De vez enquanto nos encontramos pelas ruas.
Trocamos olhares de reconhecimento e seguimos nosso caminho.
Durante o dia muitos se disfarçam em seus empregos normais.
Mas à noite, por atrás de nossas aparências, o verdadeiro trabalho se inicia.
Alguns nos chamam do Exército da Consciência.
Lentamente estamos construindo um novo mundo, com o poder de nossos corações e mentes.
Seguimos com alegria e paixão.
Nossas ordens nos chegam da Inteligência Espiritual e Central.
Estamos jogando bombas suaves de amor sem que ninguém note - poemas-abraços- musicas- fotos- filmes- palavras carinhosas- meditações e preces- danças- ativismo social- sites- blogs- atos de bondade...
Expressamo-nos de uma forma única e pessoal, com nossos talentos e dons,
Sendo a mudança que queremos ver no mundo.
Essa é a força que move nossos corações.
Sabemos que essa é a única forma de conseguir realizar a transformação.
Sabemos que no silêncio e na humildade, temos o poder de todos os oceanos juntos.
Nosso trabalho é lento e meticuloso, como na formação das montanhas.
O amor será a religião do século 21, sem pré-requisitos de grau de educação,
Sem requisitar um conhecimento excepcional para sua compreensão,
Porque nasce da inteligência do coração.
Escondida pela eternidade, no pulso evolucionário de todo ser humano.
Seja a mudança que quer ver acontecer no mundo.
Ninguém pode fazer esse trabalho por você.
Nós estamos recrutando, talvez você se junte a nós,
Ou talvez já tenha se unido.
Todos são bem bem-vindos.
A porta está aberta.


Autor desconhecido

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Caminho do Despertar...

(extraído de: MENSAGEM DE WESAK DE 2009 Uma mensagem do Conselho dos 12, canalizada por Selácia - 9 de Maio de 2009)
O Buda e outros iluminados que encontraram a libertação do sofrimento humano lhes deixaram um caminho a percorrer. Ao compreenderem este caminho e vivê-lo com tranqüilidade e graça, vocês quererão descobrir e aprender a agregar os ensinamentos que eles deixaram. Estes ensinamentos incluem simples verdades universais sobre a vida e a natureza da realidade. O Buda e outros seres iluminados não pretenderam estabelecer religiões rígidas na Terra. Eles não buscavam seguidores e nem procuravam ser adorados. Eles simplesmente compartilhavam o que eles tinham aprendido sobre o caminho do despertar.
Para percorrer o caminho que estes sábios mostraram, não há regras rígidas a seguir. A abordagem deste caminho não é linear. Não é um caminho com um "destino", ou que envolva uma estrutura de tempo que vocês possam impor com a sua vontade humana.
Como vocês podem percorrer este caminho com graça e tranqüilidade, e o que é requerido?
Primeiro, saibam que a fim de percorrer o caminho da iluminação, não é requerido que vocês:
1 - Sejam religiosos ou afiliados a qualquer religião específica.
2 - Memorizem livros sagrados de sabedoria ou dominem inúmeras práticas espirituais.
3 - Estejam empregados no mundo externo.
4 - Tenham o luxo de férias prolongadas
5 - Sejam ricos
6 - Entrem em reclusão no alto de uma montanha ou que se desliguem da sociedade
7 - Sejam lindos, jovens e famosos
8 - Tenham um QI elevado ou um grau avançado
9 - Vivam em algum local em particular
10- Lembrem-se de todas as suas vidas passadas e "onde" vocês existiram antes de suas experiências Terrenas.
11- Estejam em um relacionamento ou parceria com alguma pessoa em particular.
12- Tenham um propósito fantástico, ou até conheçam no mundo externo coisas específicas do que vocês estão "para fazer" na Terra.
Para o humano no caminho do despertar, estas coisas não são requisitos. Na verdade, uma pessoa pode encontrar inspiração e clareza a partir de algumas destas coisas. Os elementos úteis ao caminho de alguém são exclusivos para cada pessoa. Uma pessoa pode precisar ser exposta a um determinado professor, ensinamento, ou lição de vida.
Os catalisadores úteis variarão, dependendo da pessoa, do estágio do despertar, e do tempo envolvido.
O Tempo inclui:
1 - A estrutura de tempo do tempo de vida da pessoa e o seu processo de despertar
2 - O número de existências em que uma pessoa esteve evoluindo espiritualmente e avançando no caminho espiritual
3 - Os ciclos de mudança evolutiva da humanidade, incluindo janelas fundamentais de tempo, tais como esta que está ocorrendo agora, conduzindo à 2012 e além.
Segundo, saibam que os seres iluminados da Terra deixaram uma mensagem comum para mostrar o caminho. A sua mensagem envolve sabedoria quanto a como nos afastarmos do medo e sermos:
1 - Amorosos
2 - Gentis
3 - Compassivos
4 - Presentes
5 - Destemidos
6 - Sem julgamento
7 - Sinceros
8 - Cooperativos
9 - Pacientes
10- Alegres
Vocês vivem agora com oportunidades sem precedentes para evoluírem espiritualmente. Pode parecer ser o pior dos tempos, com caos e catástrofes aparentemente a cada momento. Vocês podem questionar como podem avançar quando o seu mundo está tão cheio de ódio. Vocês podem imaginar como, na janela de 2012, com os seus muitos pontos de interrogação, vocês podem conquistar o tipo de compreensão modelado pelo Buda.
Vocês podem duvidar que a jóia da iluminação possa ser sua nesta vida. Por apenas um momento agora, afastem estas dúvidas. Deixem ir as suas condições prévias, a sua impaciência, e os seus julgamentos sobre o que é possível. Confiem na Inteligência Divina.
Confiem que há uma Inteligência Divina em vocês que pode guiá-los ao longo do caminho da iluminação. Esta sua parte sábia pode ligá-los a insights sobre a bagagem da qual quererão se liberar neste ciclo atual. Ela pode ajudá-los a priorizar as suas energias, o seu foco, e as suas ações no mundo. Ela pode conduzi-los às pessoas, professores, e ajuda que vocês precisam para se perceberem e a sua vida de modo diferente. Vocês podem descobrir novos recursos, novas aplicações e ferramentas transformacionais, e métodos simples que acelerarão intensamente o seu avanço. Vocês podem aprender a se conectar mais com as sincronicidades da vida, e preferivelmente com o tempo eterno e não com o tempo linear.
Aqui estão 5 coisas que vocês podem fazer diariamente para progredirem rapidamente:
1 - Monitorem as suas emoções, pensamentos e o seu corpo. Cada um lhes dará dicas muito úteis sobre o que está fora do equilíbrio e por que.
2 - Determinem intenções específicas do que querem ter, ser e fazer. Afirmem estas intenções de um modo positivo, e não de modo negativo. Exemplo: Eu estou me sentindo mais e mais confiante a cada dia.
3 - Ajam em relação às coisas que vocês dizem que querem criar. Ajam com uma coisa de cada vez, permitindo que a sua sabedoria orientada intuitivamente os ajude a priorizar. Ainda que tudo o que vocês fizeram em um dia foi dar um passeio de 1.500 metros como pretendiam, reconheçam-se fazendo isto.
4 - Encontrem uma ou mais práticas para ajudá-los a abrir a sua consciência. Estas podem ser práticas espirituais diretas como a respiração profunda, momentos de contemplação silenciosa, ou apenas serem tão amorosos quanto possam a cada momento com as suas palavras e ações. A coisa importante é a consistência e encontrarem algo que façam diariamente. Vocês gostarão de ter a sua "prática" em sua mente e consciência durante o dia, permitindo que ela se torne uma parte da sua rotina.
5 - Comecem e terminem cada dia com alguns pensamentos positivos e amorosos. Pensamentos amorosos incluem os de gratidão.
Lembrem-se de que o seu estado interior determinará como vocês vivenciam o seu dia, assim como o seu estado de sono. Portanto, sejam tão amorosos quanto possam para si mesmos. Permitam que o amor próprio cresça com o decorrer do tempo, criando um campo de energia dentro de vocês e ao seu redor, irradiando facilmente de vocês em todas as direções. Este amor começará a atrair circunstâncias felizes, oportunidades, e o amor que vocês buscam dos outros e do seu mundo. Enquanto vocês continuam a jornada da redescoberta da sua natureza Divina, nós os envolvemos com o nosso amor e bênçãos. Nós somos O Conselho dos 12.


Direitos Autorais 2008 por Selácia, Canalizado para o Conselho dos 12. Todos os Direitos Reservados. www.Selacia.com Tradução: Regina Drumond - reginamadrumond@yahoo.com.br

sábado, 9 de maio de 2009

Mitologias

Mitologias são narrativas sobre seres sobrenaturais que procuram explicar a origem do Universo, dos homens, dos animais, dos costumes e dos valores mais importantes de uma cultura. São histórias fantásticas em que deuses, semideuses e heróis humanos se aventuraram para a criação do mundo como o conhecemos. Essas narrativas, que surgiram nos tempos primitivos, foram transmitidas oralmente durante séculos até terem seus primeiros registros escritos na Antiguidade. Desde então, elas continuam a nos encantar e influenciar. Desde os primórdios, diferentes culturas em diferentes momentos históricos e de desenvolvimento criaram suas próprias mitologias. Afinal, todas elas precisavam achar uma explicação para os fenômenos naturais e para justificar suas hierarquias e o funcionamento de suas instituições sociais. Assim, egípcios, gregos, romanos, sumérios, maias, incas, astecas, tupis, celtas, nórdicos e vários outros povos criaram seus próprios mitos que serviram para explicar o mundo ao seu redor. De todas elas, a mitologia grega foi a mais influente.
Sete séculos antes de Cristo, o poema “Teogonia” atribuído a Hesíodo expôs em cerca de mil versos a criação do Universo e a origem das divindades. Esse tratado sobre a mitologia grega mostrou também a ascensão de Zeus até se tornar o soberano supremo dos deuses. Além de Hesíodo, as principais características da mitologia grega foram definidas nos poemas “Ilíada” e “Odisséia”, atribuídos a Homero. Antes dos gregos, outras civilizações como os egípcios, os sumérios e os hindus já tinham constituído suas mitologias. Cada uma delas com suas divindades e com diferentes explicações para a origem e o funcionamento do mundo, dos fenômenos da natureza, do sentido da existência dos homens e das sociedades.
Apesar de apresentarem diferentes narrativas e terem surgido em diferentes locais e épocas, todas as mitologias que despontaram ao redor do planeta se relacionaram a tradições religiosas e se basearam em acontecimentos e seres fantásticos.
As primeiras lendas e mitos
É provável que os primeiros mitos tenham surgido ainda no período Paleolítico, em algum momento entre 250 mil e 40 mil anos antes de Cristo. Evidências arqueológicas mostram indícios de que o Homem de Neandertal – um predecessor do Homo sapiens – tinha uma consciência mitológica, com crença num mundo metafísico, práticas ritualísticas e construções de santuários. Mas, foi somente com o desenvolvimento da linguagem e dos sistemas de escrita que os registros mitológicos das eras ancestrais chegaram mais claramente até nós. Assim, sabemos que nos tempos das primeiras grandes civilizações, como a egípcia que surgiu há cerca de sete mil anos, eram as lendas e os mitos que explicavam a aventura humana. Transmitidas oralmente de geração para geração, essas narrativas eram vistas como verdadeiras, como reveladoras da “história” do mundo e da humanidade para aqueles povos. Nos primórdios, os mitos tinham o papel de contar como tudo começou. Eles narraram como em um tempo em que nada existia a intervenção de entes sobrenaturais fez surgir o cosmo, o mundo, os reinos animais e vegetais, os comportamentos humanos ou simplesmente uma montanha.
Seu objetivo desde o princípio tem sido explicar a realidade e a complexidade do mundo em que vivemos. E eles não são simplesmente o produto de uma ou várias imaginações criativas que inventam histórias fantásticas. Os mitos se originam a partir de uma visão mística das experiências humanas mais essenciais. Como observa Joseph Campbell, um dos maiores estudiosos sobre mitologia, o que é comum a todos os seres humanos se revela nos mitos. Uma mitologia reúne assim as narrativas místicas de uma determinada cultura em uma determina época sobre a busca da verdade, do sentido de estarmos vivos, da experiência de vida de um povo.
Uma das mais antigas mitologias é a egípcia. Cerca de cinco mil anos antes de Cristo, no norte da África, os egípcios formaram uma das primeiras civilizações da história. Muitas das lendas e mitos que floresceram naquele período foram influenciadas pela relação deles com o Rio Nilo, cujas margens irrigadas pelas cheias periódicas eram as grandes provedoras de alimentos para aquela civilização. Segundo a mitologia egípcia, no princípio dos tempos só havia um caótico oceano de águas revoltas. Quando essas águas baixaram, surgiu uma faixa de terra e sobre ela estava o deus Aton, que teria iniciado então a criação do mundo e das coisas que fazem parte dele. Esse deus criador também foi conhecido como Ra, ou em outra versão como Amon. Ele chegou a ser reverenciado como o pai de todos os reis e deuses egípcios. Entre os mais importantes descendentes de Rá está Osíris, considerado deus da fertilidade, da agricultura e, após sua morte, deus dos subterrâneos ou do mundo inferior. O mito de Osíris era visto pelos egípcios como uma metáfora da vida, da morte, do renascimento e da vida eterna. A mitologia egípcia, composta por lendas e mitos inter-relacionados, procurava explicar vários aspectos da vida cotidiana, da natureza e do mundo espiritual, como o nascer e o pôr-do-sol, a morte e o além, as mudanças das estações, a existência dos planetas, do sol e das criaturas vivas.
Quase tão antiga quanta a egípcia era a civilização suméria, que ocupava a Mesopotâmia, região do Oriente Médio onde hoje está o Iraque. Povo agrícola que desenvolveu técnicas de irrigação para vastas áreas secas e desérticas da Mesopotâmia, eles desenvolveram um conjunto de lendas, mitos e crenças espirituais que influenciariam a mitologia cristã, principalmente no Antigo Testamento, a judaica, a islâmica e também a grega. O dilúvio é um dos temas presentes na mitologia suméria e a lenda de Gilgamesh um dos principais relatos que revelaram o conjunto de deuses e heróis daquela civilização.
Enquanto a mitologia suméria influenciaria principalmente as religiões e mitos ocidentais, no Oriente uma das mais antigas e importantes mitologias era a hindu. Estudiosos acreditam que os mitos e as lendas hindus começaram a surgir há cerca de dez mil anos. A principal fonte escrita do que os indianos chamam de “história dos tempos ancestrais” está no “Mahabharata”, obra literária provavelmente escrita no final do século 3. A mitologia hindu tem uma visão cíclica da vida e do Universo, na qual as principais divindades responsáveis pela criação e destruição de todas as coisas existentes são Shiva, Vixnu e Brama.
Essas primeiras mitologias já mostraram o aspecto universalista dos mitos. Em diferentes partes do mundo e épocas, culturas diversas lidaram com os mesmos temas essenciais da existência do homem, como a criação do mundo, o mistério da morte, a humanização dos deuses, a ressurreição. Esses assuntos voltariam a aparecer em duas das mais influentes mitologias já existentes, a grega e a romana.
As principais religiões, como o cristianismo, o judaísmo e o islamismo, são mitologias que contam com milhões de seguidores ao redor do planeta. Mas, há duas outras mitologias que, mesmo sem pessoas que as cultuem nos dias atuais, estão entre as mais importantes e influentes da história. Uma delas é a mitologia grega cujas obras poéticas atribuídas a Hesíodo e Homero, provavelmente escritas entre os séculos 8 e 7 antes de Cristo, constituíram a sua base escrita. Elas definiram as características dos deuses do Olimpo e deram cores às aventuras dos heróis gregos até então narradas oralmente de geração para geração. Apesar de vistos como obras ficcionais, verdadeiras alegorias, por pensadores como Platão (o primeiro a usar o termo mitologia) e Aristóteles, os mitos e lendas eram aceitos como narrativas reais pela população grega. Enquanto Homero mostra na “Ilíada” e na “Odisséia” a aventura dos gregos, seus heróis e deuses na Guerra de Tróia e na saga de volta para casa, Hesíodo escreveu sobre a gênese dos deuses em “Teogonia”. A mitologia grega refletia a sociedade patriarcal e a forma de governo da Grécia antiga.
Com narrativas e personagens que se inter-relacionam desde o princípio, a mitologia grega se tornou a mais complexa e sofisticada de todas, com uma abrangência que atinge a tudo que diz respeito à experiência humana. É no chamado “helenismo” (século 4 a.C. – século 2 a.C.), período do apogeu da civilização grega, que ela se difunde com as características que conhecemos hoje. Na mitologia grega, o Monte Olimpo era a morada dos deuses assim como o ponto central da Terra. Mas antes dos deuses e de tudo existir, era o Caos, uma massa na qual estavam as sementes das coisas. Dele surgiu a Terra e o Céu que geraram os Titãs, que eram os deuses primordiais. Entre os Titãs, estavam Saturno e Réia que tiveram como filho Zeus, que viria a ser o mais poderoso de todos os deuses e pai dos seres humanos. No panteão politeísta grego, os deuses eram figuras antropomórficas, com costumes e aparências similares às dos homens. A cosmogonia retratada na mitologia grega, ou seja, a versão da origem do universo, é apenas o início de uma narrativa que desvenda de forma genial a multifacetada natureza humana. Alguns dos principais deuses mitológicos:
Afrodite, deusa grega símbolo do amor, do sexo e da beleza. Era filha de Zeus e de Dione ou, em outra versão, nascida da espuma do mar na ilha de Chipre, onde era cultuada. Sua equivalente na mitologia romana é Vênus.
Atena: deusa grega da sabedoria, da inteligência e da guerra justa. Filha de Zeus e Métis, ela é uma das mais poderosas deusas e foi uma das mais veneradas.
Zeus: o deus grego supremo, o deus dos deuses. Governa o mundo e zela por sua harmonia e pela ordem das coisas. O mais poderoso dos deuses controla os fenômenos atmosféricos, é dono do céu e da Terra e usa como arma um terrível raio. Seu equivalente na mitologia romana é Júpiter.
Apolo: divindade grega, filho de Zeus e de Leto, ele é considerado o deus da luz benéfica e da verdade. Foi o inventor da música e da poesia e é considerado amigo da juventude bela e forte. Baco: deus romano do vinho, das festas e do prazer, ele é filho de Júpiter e da mortal Sêmele. Seu equivalente na mitologia grega é Dionísio, considerado a divindade mais próxima dos homens.
Poseidon: deus grego, senhor dos mares e de todas as suas criaturas, tem como arma um poderoso tridente. É irmão de Zeus. Seu equivalente na mitologia romana é Netuno. A cultura romana foi outra importante fonte dessas histórias irreais que procuram explicar o mundo real, que são os mitos.
A mitologia dos romanos foi fortemente influenciada pela grega. A origem mitológica do povo romano, por exemplo, remete à narrativa da “Ilíada”. No poema épico “Eneida”, escrita por Virgílio no século 1 antes de Cristo, conta-se a história do herói Enéas, fundador dos romanos, filho do mortal Anquises e da deusa Vênus. Ele era casado com Creusa, filha de Príamo, rei de Tróia na época da luta contra os gregos. Com a derrota de Tróia, Enéas fugiu com seu pai e seu filho e refugiou-se na península itálica onde lutaria para estabelecer o que viria a ser o poder imperial de Roma. Há também uma nítida equivalência entre os deuses antropomórficos gregos e romanos, que muitas vezes apenas recebem nomes diferentes, mas desempenham o mesmo papel e têm as mesmas características.
A riqueza das mitologias grega e romana é tal que, mesmo após o fim dessas civilizações, elas continuaram a influenciar a humanidade. E a importância dessa influência se estende por aspectos sociais, artísticos e políticos da vida ocidental.
Desde os tempos ancestrais, os mitos procuram explicar de uma forma fantástica como as coisas surgiram, por que são assim e de que forma acontecem. Deuses, semideuses e heróis têm sido os personagens centrais dessas narrativas em diferentes culturas e em diferentes épocas. Nos tempos modernos, muitas sagas criadas para a literatura, quadrinhos ou cinema têm se inspirado nos mitos e nas lendas gregas, sumérias, romanas, célticas, egípcias e nórdicas, e também são influenciados por mitologias atualmente cultuadas como a cristã e a judaica. Essas grandes narrativas ficcionais modernas não parecem trazer novidades em relação à compreensão do mundo, além daquelas já desenvolvidas por grandes mitologias, como a grega e a cristã. Elas também não são a rigor uma representação coletiva de divindades e lendas, passadas de geração em geração.
Duas dessas sagas ficcionais contemporâneas – “O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien, e “Guerra nas Estrelas”, de George Lucas – apresentam a construção de universos totalmente novos e cheios de elementos mitológicos, que reproduzem na essência temas já explorados nas mitologias tradicionais. Elas se aproximam das características mitológicas por conta de suas estruturas narrativas e características fantásticas, divinas e heróicas dos personagens, assim como por serem diferentes formas de revelarem suas explicações do mundo para nossas mentes.
Ao analisar o universo de “Guerra nas Estrelas”, Joseph Campbell considera que os filmes da saga possuem uma perspectiva mitológica válida. Para ele, em “Star Wars” o Estado é visto como uma máquina e a questão é saber se essa máquina vai esmagar a humanidade ou vai se colocar a seu serviço. Campbell compara a questão mitológica colocada em “Star Wars” com àquela posta por Goethe ao narrar a lenda de Fausto: “Mefistófeles, o homem máquina, pode nos prover de todos os meios e está igualmente apto a determinar as finalidades da vida. Mas a peculiaridade de Fausto, que o qualifica para ser salvo, é que ele busca finalidades diferentes das da máquina. Ora, quando tira a máscara de seu pai, Luke Skywalker cancela o papel de máquina que o pai tinha desempenhado. O pai era o uniforme. Isso é poder, o papel do Estado”.
A atualização dos universos mitológicos é uma forma da humanidade relembrar suas origens e aprender o segredo das coisas. As narrativas sobre deuses e heróis que se tornaram modelos mitológicos universais continuam a ajudar a dar sentido à existência. Campbell entende que a importância de se conhecer sobre as mitologias está no fato de que elas nos abastecem “de informação, provenientes dos tempos antigos, que têm a ver com os temas que sempre deram sustentação à vida humana, que construíram civilizações e enformaram religiões através dos séculos, têm a ver com os profundos problemas interiores, com os profundos mistérios, com os profundos limiares da travessia, e se você não souber o que dizem os sinais ao longo do caminho, terá de produzi-los por sua conta”.
Autor: Sílvio Anaz
CAMPBELL, Joseph. O Poder do Mito. São Paulo: Palas Athena, 2007.
EDGAR, Andrew e SEDGWICK, Peter. Teoria Cultural de A a Z. São Paulo: Editora Contexto, 2003.
FLORES, Moacyr (org.). Mundo Greco-Romano, o Segredo e o Profano. Porto Alegre: EDIPUC-RS, 2006.
GOMBRICH, Ernst Hans Joseph. Breve História do Mundo. São Paulo: martins Editora, 2002.
LEEMING, David. Do Olimpo a Camelot. São Paulo: Jorge Zahar Editora, 2004.
VARA BRANCO, Alberto Manuel. A mitologia grega, uma concepção genial produzida pela humanidade: os condicionalismos religiosos e históricos nacivilização helênica in Milleniun Spectrum.

Você já Escutou Falar do curso de Escutatória?- Rubens Alves

Você já escutou falar no curso de Escutatória?
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade: A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor. Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração. E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Vejam a semelhança...Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos.... Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos.
É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado. Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.. E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos... Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar. Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

Como Ter Paz nas Relações - Roberto Happé

Muitas pessoas que vivenciam separação psicológica costumam também se eximir da responsabilidade dos problemas que têm; culpam os outros, são hostis e defensivas, não se dando conta de que elas próprias criaram os problemas. Usualmente, em decorrência de suas hábeis táticas de controle, elas conseguem experienciar certos benefícios, o que as faz acreditar que tudo pode continuar seguindo assim. Porém, isso reforça as atitudes manipulativas, e um circulo vicioso difícil de ser quebrado se estabelece.Controlar os outros, como um modo de vida, é um padrão desenvolvido pelo individuo para sobreviver na realidade de seu mundo. Aquele que se sente psicologicamente separado dos demais, em função de algum medo, influencia negativamente o ambiente e os outros. Essa negatividade se traduz, muitas vezes, numa comunicação deficiente, em que a troca não é clara e as relações ficam, consequentemente, fora do equilíbrio.Aqueles que criam uma polarização nos relacionamentos, fazem-no com o intuito de controlar e não estão abertos à reconciliação; pelo contrário, atuam de forma a deixar os outros sem defesas. Não se dão conta de que, ao atuar dessa maneira, estão ao mesmo tempo se isolando do prazer de trabalhar em proximidade com os outros, e estão se privando de relações de confiança e harmonia.As pessoas que controlam os outros deixam de viver relações de intimidade e amor. Quanto maior o medo, mais o individuo sente a necessidade de controlar os outros e mais ainda se separa de relacionamentos calorosos e de amizade. Muitos padecem desse sofrimento, sem nem mesmo perceberem o quanto afastam as pessoas.A maioria dos que controlam faz isso por autoproteção, por medo de ficar vulnerável e ser machucada pelos outros, caso venha se abrir. Todas as pessoas possuem sua cota de dominação e controle e todos precisamos aprender que não é necessário controlar nenhuma área da vida. Soltar os controles passo a passo significa tornar-se livre, pois nos libertamos, simultaneamente, da pesada responsabilidade de interferir na vida dos outros.Quando o controle é removido do relacionamento, a harmonia é o que se segue; a comunicação e o compartilhar mútuos tornam-se então possíveis. Isso é a unificação.E unificação é paz.
(extraído do site Somos Todos UM)

Lei do Caminhão do Lixo

Um dia peguei um táxi e fomos direto para o aeroporto.Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.O motorista do táxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós. O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara. E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente. Assim eu perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!' Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo "A Lei do Caminhão de Lixo". Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia. A vida é muito curta para levantar de manhã com sentimentos ruins, assim. Ame as pessoas que lhe tratam bem. Ore pelas que não o fazem. A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe! Tenha um ano abençoado, livre de lixo!
(texto recebido sem citação de autoria)

Eu posso

Eu posso ser única e eu mesma enquanto ainda trago a essência do que é feminino. Posso assumir meu próprio poder, e fazer com que minha presença seja conhecida no mundo. Posso ensinar os modos do feminino aos homens do planeta, e não apenas compartilhá-los entre outras mulheres. Posso deixar a minha marca sem vestir o manto do poder masculino. Posso formar um caminho que inclua a cooperação e o cuidado entre todos os sexos, raças e espécies.


(texto adaptado de mensagens de Maria Madalena)

Max Gehringer - Revista Exame

Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal. Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas.
Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes: - Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?- No céu.- No céu?...- É.- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do gênero?- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências (nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular), a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo apitado na curva. Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.E foi aí que o interlocutor sugeriu:- Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico.- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.- Assim?(...)- Pois não?
A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas, a executiva havia feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...- Executiva... Que palavra estranha. De que século você veio?- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo 'executiva'?- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo. Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.- Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando a toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.- É mesmo?- Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?- Ah, não sabemos.- Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.- Que interessante.. ..- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.- !!!...???.... .!!!...?? ?...!!!- Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Acionista... Ele existe, certo?- Sobre todas as coisas.- Ótimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, me parece extremamente atrativo.- Incrível!- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar em um Turnaround radical.- Impressionante!- Isso significa que podemos partir para a implementação?
- Não. Significa que você terá um futuro brilhante... se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno.

Sathya Sai Baba

Há um só Deus, e Ele é onipresente.
Há uma só religião, a religião do Amor.
Há uma só casta, a casta da humanidade.
Há uma só língua, a língua do coração.

Movimento Slow Food

Comer é fundamental para viver. A forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia - na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Para um verdadeiro gastrônomo é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Além disso, melhorar a qualidade da nossa alimentação e arranjar tempo para a saborear, é uma forma simples de tornar o nosso cotidiano mais prazeroso. Esta é a filosofia do Slow Food.
Fundado por Carlo Petrini em 1986, o Slow Food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente conta com mais de 80.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, e apoiadores em 122 países.
O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores.
O Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no Mundo, e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, tornando-se co-produtores.
É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas.
A sede internacional do Slow Food é em Bra, na Itália. O Slow Food opera tanto local como mundialmente junto de instituições internacionais como a FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Estabelece laços de amizade com governos em todo o mundo, prestando consultoria para o Ministério da Agricultura italiano, trabalhando com o presidente da câmara de Nova Iorque e colaborando com o governo Brasileiro.
Através dos seus conhecimentos gastronômicos relacionados com a política, a agricultura e o ambiente, o Slow Food tornou-se uma voz ativa na agricultura e na ecologia. Conjuga o prazer e a alimentação com consciência e responsabilidade. As atividades da associação visam defender a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, difundir a educação do gosto, e aproximar os produtores de consumidores de alimentos especiais através de eventos e iniciativas.


Acreditamos que todos têm o direito fundamental ao prazer de comer bem e consequentemente têm a responsabilidade de defender a herança culinária, as tradições e culturas que tornam possível esse prazer. O Slow Food segue o conceito da ecogastronomia, reconhecendo as fortes conexões entre o prato e o planeta.
Bom, limpo e justo: é como o movimento acredita que deve ser o alimento. O alimento que comemos deve ter bom sabor; deve ser cultivado de maneira limpa, sem prejudicar nossa saúde, o meio ambiente ou os animais; e os produtores devem receber o que é justo pelo seu trabalho.
Somos Co-produtores e não simples consumidores, pois tendo informação sobre como nosso alimento é produzido e apoiando efetivamente os produtores, nos tornamos parceiros no processo de produção.

Economia Solidária e o Despertar de Consciências

Economia solidária é uma forma de produzir, consumir e distribuir riquezas baseada na cooperação entre pessoas. É planejada para que todos cresçam juntos, e não para que um pequeno grupo de pessoas fique com o lucro do trabalho de um grande grupo. É uma idéia que vem do século XVIII, entre artesãos que ficaram sem trabalho quando a máquina a vapor tomou seus empregos.
Na prática , essa economia existe quando um agricultor põe comida na mesa trocando a batata que produz pela cenoura que o vizinho colhe, ou quando um grupo de marceneiros se une para trabalhar em cooperativa, aumentando a capacidade de produção e distribuindo igualmente os lucros, ou quando se troca uma aula de inglês por outro serviço com o vizinho.
Mas, como uma comunidade pode crescer somente à base de troca? Usa-se, então, a moeda social. É uma moeda mesmo, feita de papel para circular paralelamente à moeda corrente, dentro de um grupo. Tem um nome inventado, e uma unidade inventada, por exemplo, vale por um real. Tudo começa numa feira de trocas. Pessoas que têm algo a oferecer, sejam as frutas que colheram em seus quintais ou a habilidade de consertar coisas, reúnem-se num espaço comunitário para vender e para comprar.
Você só poderá comprar produtos dentro da feira, porque recebeu somente moedas sociais em suas vendas, o que faz com que cada produtor/expositor ganhe um grupo de clientes cativos: o bairro inteiro, a escola, a igreja. Quando a riqueza produzida pela comunidade circula mais tempo dentro dela, fortalece a todos.
Segundo Heloisa Primavera, fundadora da Rede Latinoamericana de Socioeconomia Solidária, o grande mérito das moedas sociais é mostrar que as coisas para as pessoas podem melhorar, e que a solidariedade não é uma escolha, é a única solução.
Incentivar pequenos e grandes empreendedores é também realizar mudanças simbólicas de auto-estima, de motivação, de consciência de grupo. Descobrir que seu talento de costurar, de consertar, de pintar, ou de plantar pode gerar renda no seu bairro, e reverter em melhorias para a sua vida, é um grande passo em direção à reintegração social e à autovalorização como ser humano.
Para Thomas Greco, autor de The End of Money and the Future of Civilization (O Fim do Dinheiro e o Futuro da Civilização), essas iniciativas são respostas inteligentes aos problemas diários. "A monopolização de crédito por uns poucos bancos tem tirado o poder e a autonomia de comunidades, enquanto causam bolhas financeiras que explodem em ciclos de depressão e inflação.", afirma. O movimento da moeda social é uma reação a isso.
(extraído da revista Sorria para Ser Feliz Agora - Editora Mol - edição de aniversário de um ano)

Imaginação e Cura

A força de cura está dentro de cada um de nós. A mente não tem limites, e a imaginação é um recurso inesgotável para trabalhar emoções. O pensamento em forma de imagens nos leva a fazer contato com nossa realidade interior.
O trabalho com imagens mentais no processo de autoconhecimento agiliza o processo de cura, e gera mudanças fisiológicas. Há atualmente uma compreensão maior sobre a conexão mente-corpo, sendo que o inverso, ou seja, o poder do corpo sobre a mente já é aceito normalmente.
Dividir nosso eu em corpo/mente tira o poder de cura de nossas mãos, e o desloca para equipamentos e profissionais especializados. Quando usamos nosso pensamento para nos tratar, estamos reassumindo esse poder. Associar a técnica de imagens aos tratamentos convencionais agiliza o reequilíbrio, uma vez que a pessoa participa ativamente do processo e se fortalece como indivíduo.
Devemos nos lembrar que as doenças são importantes sinalizadores para que mudemos algo em nossas vidas. O sofrimento precisa ser visto como oportunidade de aprendizagem, o que em si só já diminui sua intensidade. São desafios colocados à nossa frente, para serem superados em direção a uma compreensão ampliada de nós mesmos.
O sentimento negativo e o sintoma físico e/ou psicológico também são sinalizadores fundamentais de que devemos mudar nosso caminhar, de que necessitamos reassumir o poder sobre nossas vidas, retornando ao nosso centro. Ao mantermos uma atitude positiva em relação às nossas dificuldades, nos questionando e obtendo respostas, nos leva a um novo patamar de consciência e de equilíbrio.
Por último, e o mais importante, o amor que temos por nossos próprios esforços é fundamental. Todo ser humano tem um núcleo saudável que o leva rumo à felicidade pessoal. É importante nos assegurarmos de que fazemos sempre o melhor naquele momento, e de que nossos erros nos levarão de volta ao nosso eixo.


(Marcia Maria de Rizzo)
Olá, receba as boas vindas e um abraço.
Marcia

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