sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Amor, o Natal e 2012

Será que o amor realmente existe? Aquele das novelas, dos filmes, dos romances? Aquele amor é um conceito, que dá algumas regras: cuidar, dar atenção, conviver, respeitar.

Falar é fácil, difícil é fazer.

Dizer “Eu amo” é simplesmente um conjunto de duas palavras. E a ação? Será que é coerente às palavras?

Um ser apaixonado é um ser que ama?

Nem sempre, pois a paixão tem muito de fantasias e projeções sobre o outro, em suma, tem mais relação com quem está apaixonado, do que com o objeto da paixão.

Mas – AMAR – é algo diferente. É um ESTADO DE SER. É ter a certeza de que se faz parte de um todo, de que se é igual aos outros e de que se tem esse sentimento dentro de si, independente de estar dirigido a alguém.

Nos finais de ano tem-se a impressão de que as pessoas sensibilizam-se mais com a vida. Parece que, de repente, todos acordam para a realidade “AMAR”, mesmo que seja por breves instantes.

A proposta é, então, estender esse estado superior de SER para todo o ano seguinte. E como fazer isso?

A primeira coisa a se fazer é AMAR A SI MESMO, é ir para dentro de si e aceitar cada canto obscuro de seu interior, levando luz para eles. 

Descobrir o amor por si próprio faz com que se descubra o amor pelos seres vivos. Esse “AMOR” não é fazer carinho ou cuidar, é ter a certeza de que somos seres bondosos, amáveis e unidos, que somos feitos da mesma matéria que o Universo, e que tudo está sempre bem. Essa conectividade, essa interligação tem esse nome: “AMOR”.

Marcia Maria de Rizzo
Dezembro de 2011

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Emoções

O que seria do mundo se não fossem as emoções? Amor, ódio, alegria, felicidade, desejo, raiva, inveja, paz, irritação, calma, pressa, tranqüilidade...
Seríamos robôs andando pelas ruas, indiferentes ao redor, sem a possibilidade de "querermos" ou de "escolhermos".
As emoções são poderosas- movem o ser humano. Podem construir e também destruir.
Elas trazem a música, a poesia e o belo até nossos ouvidos e corações. Adicionam cores a tudo que fazemos e dizemos - gosto disso, gosto daquilo, não suporto tal coisa.
Como seria um mundo sem emoções? Tudo de uma só cor, tudo sempre igual, tudo parado, tudo sem vida.



domingo, 13 de novembro de 2011

Inteligências Múltiplas – texto extraído da revista Mente e Cérebro no. 224

Em 1979 um grupo de pesquisadores associados à Faculdade de Educação de Harvard recebeu uma doação significativa da Fundação Bernard van Leer, holandesa. A verba foi destinada a uma finalidade grandiosa: membros do Projeto do Potencial Humano (como viria a ser chamado) foram incumbidos de realizar um estudo sobre a natureza da capacidade humana e como poderia ser mais bem compreendida. Quando os principais investigadores do grupo estabeleceram suas próprias atribuições, Howard Gardner recebeu a tarefa de escrever um livro relatando o que havia sido realizado sobre a cognição humana no âmbito das descobertas nas ciências biológicas e comportamentais. E assim surgiu o programa de pesquisa que acabou resultando na teoria das inteligências múltiplas (IM).
Em determinado momento, Howard Gardner decidiu chamar as faculdades humanas de ‘inteligências múltiplas”, em vez de “capacidades ordenadas”, ou “talentos diversos” (ele escreveu o livro Frames of Mind ).

Ele percebeu que deveria considerar as implicações educacionais da teoria das IM, e isso chamou mais a atenção de educadores que de psicólogos – ele sugeria que os seres humanos não possuem somente uma única inteligência (chamada pelos psicólogos de “g” – inteligência geral). Na verdade, o ser humano apresenta um conjunto de inteligências relativamente autônomas.
Apesar disso, em qualquer momento da vida, os pontos intelectuais fortes e fracos característicos de uma pessoa estão sujeitos a variações por razoes genéticas e por causa das experiências vividas. Ou seja, o ser humano é um conjunto de computadores com possibilidades específicas – as múltiplas inteligências, que funcionam de modo relativamente independentes umas das outras.

Ele propôs três aplicações para o termo “inteligência”:
1-      propriedade de todos os seres humanos (todos têm pelo menos oito delas);
2-      dimensão na qual as pessoas diferem (nem mesmo gêmeos idênticos têm o mesmo perfil de inteligência);
3-      a forma com alguém realiza uma tarefa guiado por suas próprias metas (aqui entra o querer pessoal, o desejo);

Como informação, o córtex cerebral humano é a região cheia de circunvoluções que tem ligação mais forte com a inteligência. Se ele fosse aplainado, cobriria quatro páginas de papel sulfite; o do chimpanzé, uma só página; o do macaco-prego, um cartão-postal e o do rato, um selo.
A teoria das inteligências múltiplas (IM) parte da idéia de que todos têm capacidade de desenvolver diversos tipos de habilidades. O potencial de cada um é resultado da interação dessas competências, que aparecem em doses variadas até no mesmo indivíduo ao longo da vida. Além das oito, abaixo descritas, Howard Gardner fala de uma “meia inteligência”, uma espécie de “marca pessoal”, que torna único o somatório das capacidades de cada pessoa.

AS OITO CAPACIDADES OU TALENTOS HUMANOS

1 – Domínio da linguagem e facilidade em suar as palavras ou desejo de explorar suas possibilidades. Própria de poetas, escritores, lingüistas.
2 – Capacidade de compreender o mundo visual, modificar percepções e recriar experiências visuais mesmo sem estímulo físico. Comum em arquitetos, artistas, escultores, cartógrafos, navegadores, enxadristas.
3 – Habilidade para confrontar e avaliar objetos e abstrações, bem como discernir suas relações e princípios subjacentes. Típica de matemáticos, cientistas, filósofos.
4 – Competência para ouvir, compor e executar obras com intensidade e ritmo. Pode estar relacionada a outras inteligências, como lingüística, espacial e corporal-cinestésica. Aguçada em compositores, maestros, músicos, críticos de música.
5 – Capacidade de controlar e comandar movimentos do corpo e manejar objetos habilmente. Bastante desenvolvida em dançarinos, atletas, atores.
6 – Possibilidade de determinar humores, sentimentos e outros estados mentais em si mesmo (inteligência intrapessoal) e em outros (inteligência interpessoal). Presente em psicólogos, psicanalistas, psiquiatras, políticos, líderes religiosos, antropólogos).
7 – Talento para reconhecer e categorizar objetos naturais. Biólogos e naturalistas costumam ter essa habilidade.
8 – Facilidade para apreender questões amplas, fundamentais da existência. Própria de líderes espirituais, pensadores, filósofos.

(de Howard Gardner – doutor em psicologia, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Harvard e criador da teoria das inteligências múltiplas)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Terapia da Aceitação - livreto de Lisa Engelhardt

Diante de situações difíceis ou simplesmente para reflexão, seguem alguns trechos extraídos do pequeno livro de Lisa Engelhardt:

1. Pare de viver num passado que já foi e num amanhã que ainda não chegou. A vida é somente este lugar, esta hora, este instante - agora.

2. Se você não conseguir resolver um problema hoje, aceite esse fato e esqueça.

3. Aceite-se. O seu Criador deleitou-se com a simples idéia que teve de você antes mesmo que você existisse.

4. Sua vida é um constante tornar-se. Dignifique tudo o que você foi, tudo o que é e tudo o que será.

5. Aceite sua humanidade; você está autorizado a tropeçar.

6. Ignore as críticas injustas. Os outros não podem magoá-lo, a menos que você permita.

7. Não imponha suas boas intenções aos outros. Você não pode ajudá-los, a menos que eles queiram que você os ajude.

8. Liberte os outros. Quando você os mantém cativos dos seus desejos, você os destrói.

9. Quando o mal parece triunfar sobre o bem, lembre-se de que a criação ainda não está terminada. Você pode ajudar a moldar a criação para o bem.

10. Não despreze nenhuma parte de si mesmo. O que talvez você considere "lixo" pode ser a base de uma nova vida.

11. Alegria não significa obter tudo o que você quer, mas comprazer-se com tudo o que você tem. Não adie esse prazer.

12. Afaste-se do ruído do mundo e do clamor de suas próprias preocupações. No silêncio você pode ouvir o sussuro do Infinito.

13. Relaxe e respire. Inspire o amor infundido nesta partícula do tempo e da criação. Expire o medo.

14. Não queira agarrar a felicidade: ela sempre se esquivará. Fique em silêncio e em união com  a vida, e a felicidade pousará sobre você.

15. Agradeça por tudo; um coração agradecido colhe muitos frutos de aceitação.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Desmistificando a Meditação

Mente sem agitação é meditação. Mente no momento presente é meditação. Mente que não tem hesitação, nem antecipação é meditação. A Mente que voltou para a fonte é meditação. Mente que se torna não-mente é meditação.
Quando você pode descansar? O descanso só é possível quando cessam todas as outras atividades. Quando você pára de se mexer, quando você pára de trabalhar, pensar, falar, ver, ouvir, cheirar, sentir gosto, quando todas estas atividades cessam, você descansa. Quando todas as atividades voluntárias são interrompidas, você consegue descansar ou dormir. No sono você é deixado apenas com atividades involuntárias como respirar, o batimento do coração, digestão de comida, circulação do sangue, etc. Mas isto não é descanso total. Quando a mente repousa, só então o descanso é completo, a meditação acontece.
O que significa foco? Estar preenchido no momento, estando centrado, olhando para o mais alto e permanecendo naquele espaço de paz, é foco. Ausência de paz significa ausência de foco. Quando você está em paz, o foco já está acontecendo. Da mesma forma, se você foca, você alcança a paz. Olhe para sua própria vida. Você fica infeliz quando não tem as coisas que você queria e também fica infeliz quando as tem! Por exemplo, se você tem dinheiro, existe preocupação. Você fica com medo ou preocupado com o que fazer com este dinheiro, se investi-lo ou não. Se você o investe você fica preocupado se está valorizando ou desvalorizando ou fica ansioso com a flutuação do mercado de ações. Se você não tem dinheiro, você também fica preocupado. Liberação é aquela liberdade total em que você não fica preocupado quando as coisas estão lá e também quando elas não estão lá.
A verdadeira liberdade é a liberdade do futuro e a liberdade do passado. Quando você não está feliz no momento presente, então você deseja um futuro brilhante. Desejo simplesmente significa que o momento presente não está certo. Isto traz tensão à mente. Todo desejo produz um estado febril. Neste estado, meditação está longe de acontecer. Você pode sentar com os olhos fechados mas os desejos continuam surgindo, pensamentos continuam vindo, você se ilude que está meditando, mas na verdade você está sonhando acordado!
Enquanto alguns desejos permanecerem em sua mente, você não consegue estar em repouso total. Krishna diz no Bhagavad-Gita, "Você não consegue estar em Yoga (união consigo mesmo) a não ser que você abandone os desejos ou anseios em você. Enquanto você estiver preso em algum planejamento, sua mente não descansará. Cada desejo ou ambição é como uma partícula de areia nos olhos! Você não consegue fechar ou manter os olhos abertos com uma partícula de areia dentro deles, de qualquer forma é desconfortável.
Desapaixonamento é remover esta partícula de areia do olho de maneira que você possa abri-lo ou fechá-lo livremente! A outra maneira é aumentar seu desejo ou torná-lo tão grande, daí ele também não vai lhe aborrecer. É uma partícula pequena que irrita seus olhos, uma pedra grande ou uma rocha jamais irá entrar em seus olhos!
Veja a partir da sua própria experiência. Se você for para a cama com alguma inquietação, agitação ou desejo, você não vai dormir profundamente. No nível superficial parece que já não estão lá há algum tempo, mas estes planos e ambições ainda estão na mente. Pessoas muito ambiciosas não conseguem ter um sono profundo porque a mente, lá dentro, não está livre. Quanto mais você está ansioso em fazer alguma coisa, mais difícil se torna para dormir. Antes de dormir, simplesmente deixe ir tudo, somente assim você conseguirá descansar. Por que não fazer isto a todo momento? Quando você se sentar para meditar, deixe ir tudo. A melhor maneira de fazer isto é sentir, "o mundo está desaparecendo ou dissolvendo... Eu estou morto!". A menos que você esteja morto, você não pode meditar! Para muitos, a mente não sossega mesmo após a morte. Sábios são aqueles que podem acalmar sua mente enquanto vivos!
Desejos surgem, ao invés de se segurar neles ou sonhar acordado, ofereça estes desejos; isto é meditação. Você não tem qualquer controle sobre seus desejos. Mesmo que você diga "Oh, desejo é a causa da miséria. Eu não deveria ter desejos, quando ficarei livre dos desejos?", isto é outro desejo! Então, à medida que aparecem, reconheça-os e deixe-os ir. Este processo é chamado "Sanyas".
Quando você oferece tudo o que aparece, à medida em que aparece em você, você permanece centrado e nada poderá sacudi-lo. De outra forma, pequenas coisas irão abalá-lo e deixá-lo triste e arrependido. Apenas algumas palavras aqui e ali podem deixá-lo triste. A vida ensina a você a arte de deixar ir em cada evento. Quanto mais que você tiver aprendido a deixar ir de forma alegre, mais livre você será. Quando você aprende a deixar ir, você se torna feliz e à medida que você começa a ser feliz, mais será dado a você. Enxergar os seus desejos e se dar conta de que eles são vãos ou que não são nada grande, isto é maturidade ou discriminação.
No que é que você pode se segurar? Você não pode nem mesmo se segurar eternamente em seu corpo! Por mais que você cuide dele, ainda assim, um dia ele dirá adeus a você! Sem qualquer aviso prévio você será forçadamente expulso deste mundo! Qualquer coisa que possa planejar, qualquer coisa que possa fazer, seu destino final é o túmulo! Você vive como um homem bom ou um homem mau, você chora ou ri, qualquer coisa que faça, todo mundo vai para o túmulo. Seja você um santo ou um pecador, você irá para o túmulo. Seja rico ou pobre, inteligente ou estúpido, você irá para o túmulo. Seja você amado ou odiado, você irá para o túmulo. Se você ama alguém ou odeia todo mundo, você irá para o túmulo. Pacientes morrem, médicos também morrem. Aquele que perdeu as guerras foi para o túmulo, assim como o que ganhou foi para o túmulo. Esta é a palavra final! Tenha a visão do final. Antes de o corpo  deixá-lo, aprenda a deixar tudo. Isto é liberdade.
Com desapaixonamento, você pode aproveitar o mundo com liberdade e pode relaxar e se sentir aliviado de forma natural. Desapaixonamento pode trazer tanta alegria à sua vida. Não pense que desapaixonamento é um estado de apatia. Desapaixonamento é algo cheio de entusiasmo, traz toda a alegria à sua vida e permite que você descanse realmente.
Quando você sai de uma meditação profunda, você se torna muito mais dinâmico e poderá agir melhor. Quanto mais profundamente você for capaz de descansar, mais dinâmica será sua atividade. Mesmo que o descanso profundo e a atividade sejam valores opostos, eles são complementares.
O que você está procurando? Você procura alguma grande alegria? Você é alegria!
Vou lhe dar um exemplo. Você já viu cachorros mordendo ossos? Você sabe por que eles mordem ossos? Ficar mordendo aquele osso duro cria feridas no interior da boca do cachorro. O próprio sangue sai e o cachorro acha o osso muito saboroso! Depois de algum tempo sua boca está toda machucada. Pobre cachorro passou o tempo todo mastigando o osso sem tirar nada dele! Toda alegria que você experimenta na vida provém da profundidade de seu ser quando você abandona tudo no que está se segurando e se estabelece centrado naquele espaço, isto é meditação. Na realidade meditação não é um ato, é a arte de não fazer nada! O descanso na meditação é mais profundo do que o sono mais profundo que você possa ter, porque na meditação você transcende todos os desejos. Isto traz grande "frescor" ao cérebro. É como colocar em ordem, arrumar todo o complexo corpo-mente.
Meditação é abandonar a raiva do passado, os eventos do passado e todos os planos para o futuro. Ficar planejando constantemente impede que você mergulhe profundamente dentro de si mesmo. Meditação é aceitar o momento e viver todos os momentos de forma plena e profunda. Apenas este entendimento e alguns dias de prática de meditação podem mudar a qualidade de sua vida.
A melhor comparação dos três estados de consciência - acordado, dormindo e sonhando - é com a natureza. A natureza dorme, acorda e sonha! Isto acontece em uma escala magnífica na existência e acontece em uma escala diferente neste corpo. O estado de alerta e o sono são como a nascer do sol e a escuridão. O sonho é como o pôr do sol entre eles.
E meditação é como o vôo para o espaço, onde não há pôr do sol, nascer do sol, nada! 

Sri Sri Ravi Shankar -http://www.artedeviver.org.br

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Caminho do Trabalhador da Luz

Esta mensagem coloca a questão da cura de um modo amplo e irrestrito. Não deve ser colocada nenhuma conotação religiosa no conteúdo, já que não o é.


Abraços,
Marcia



(Uma mensagem de Jeshua canalizada por Pamela Kribbe em julho de 2011)

Querido amigo,
Eu sou Jeshua e saúdo-o. Estou intimamente conectado a você pelo meu coração. Somos profundamente ligados e existe um nível no qual somos um. A consciência unificada que nos une, pode ser sentida como uma energia de liberdade, criatividade, bondade e alegria. Esta é a sua verdadeira origem e o seu verdadeiro lar. Agora você está manifestado na forma física, localizado no tempo e no espaço, mas é muito mais do que isso. Sinta a energia de Deus no seu interior e perceba como essa energia é simples. Deus não está no topo de uma hierarquia, olhando para você de cima para baixo. Deus é o fluxo de energia que flui através de tudo: através de você, através de todos os seres vivos da Terra, e até através das coisas que parecem inanimadas no seu ambiente material. Deus está em todos os lugares.
Deus não é limitado por formas. Deus é a consciência criativa pura, conectando-se com formas materiais, no tempo e no espaço, para experienciar a vida de inúmeras maneiras diferentes. Agora sinta quem você é nesse imenso fluxo divino: uma centelha de luz dentro de um oceano de consciência viva, mas uma centelha indestrutível que oferece uma contribuição única ao todo. Sinta a força indestrutível no seu interior; ela está aí para sempre. Você faz parte de Deus.
Sua consciência é divinamente criativa. Você escolheu seu caminho de vida e suas experiências. Embora geralmente isto não lhe pareça verdadeiro, nas profundezas do seu ser existe uma força criativa que programa certos acontecimentos importantes na sua vida e atrai as experiências que você deseja ter para entender, crescer e se expandir. Essencialmente, você nunca é uma vítima neste mundo. No âmago do seu ser, você nunca é verdadeiramente impotente nem arruinado. Porque, nesse âmago, está a centelha de Deus que diz “sim” às experiências pelas quais você passa na forma física, e que sabe que você é capaz de aprender com elas, para que sua consciência se torne ainda mais ampla e compassiva.
Acolha esse poder criativo interior, que atraiu para você a vida que você experiencia agora. Acolha sua vida com todos seus altos e baixos. Você tem o poder de vivê-la bem. A maior satisfação que encontrará será lembrar-se quem você é enquanto estiver na forma física, preso nas exigências e nos desafios da vida na Terra. A recordação de quem você é permite que a centelha de luz divina se conecte totalmente com o seu eu humano. Entregar-se a essa centelha de luz criativa, ilimitada, no seu interior, mudará a sua vida e mudará também a vida de outras pessoas.
Você que está lendo isto e que se sente atraído pela energia Crística, é alguém que deseja irradiar sua luz interior para o mundo. Você deseja se manifestar como um trabalhador da luz, isto é, você sente o desejo de difundir a luz e elevar a consciência na Terra. Sua paixão é pura e real; ela vem do âmago de quem você é, da sua alma. É a centelha de Deus no seu interior que o conduz a esse desejo, pois, para Deus, é natural querer compartilhar alegria, luz e compaixão. Sempre que você se sente feliz por expressar aquilo que você realmente é, você está sentindo a alegria de Deus também, pois você e Deus são um só coração!
Muitas vezes você se pergunta o que o trabalho de luz realmente é. O que significa difundir a luz ou oferecer a cura para outras pessoas? Esta é a questão que eu gostaria de abordar hoje. Antes de mais nada, precisamos olhar mais de perto para o relacionamento entre as pessoas, quando uma está ajudando a outra. Gostaria de salientar que está acontecendo uma coisa estranha na distinção que a sua sociedade faz entre saudável e doente, ou inteiro de fragmentado. Quando vai ao médico com um problema de saúde, você é uma “pessoa doente necessitando tratamento”. Os médicos devem saber alguma coisa que você não sabe. Eles são os especialistas e você facilmente tem a sensação de que sua saúde está nas mãos deles. Isto não é muito diferente quando você sofre de problemas mentais ou emocionais. Se uma pessoa vai a um terapeuta, a um psicólogo ou a um médico, ela silenciosamente pressupõe que estes especialistas possuem algum conhecimento ou capacidade superior que pode ajudá-la a resolver suas questões. O próprio modo em que o relacionamento entre paciente e médico ou terapeuta se define faz com que algo aconteça com a auto-percepção de ambas as partes envolvidas.
Se este relacionamento for enquadrado em termos de um ter maior conhecimento e percepção que o outro, fica subentendido que o paciente precisa do terapeuta/médico para receber alguma coisa que ele mesmo não possui e não pode dar a si próprio. Supõe-se que o terapeuta seja inteiro e saudável, e que esteja oferecendo luz e cura a uma pessoa que está doente e/ou despedaçada. Deste ponto de vista, o terapeuta ou médico está à frente do paciente e de posse de algo que ele oferece àquele que carece desse conhecimento ou capacidade.  
De uma perspectiva espiritual, este ponto de vista é falso e distorcido. Ele faz com que você já comece com o pé errado. Entretanto, ele está profundamente arraigado na sua sociedade, nos cuidados com a saúde física e mental. Observe como é fácil sentir-se menor do que a pessoa que você está consultando para conselho médico ou espiritual. Você é o que tem o problema; ela é a que tem a solução. Uma armadilha comum para as pessoas que ajudam outras diariamente é identificar-se tanto com o papel de auxiliador a ponto de não conseguir se desapegar dele. Elas se definem através desse papel e isto as torna dependentes dos seus pacientes, do mesmo modo que os pacientes se tornam dependentes delas. O paciente pode sentir que precisa do terapeuta para curá-lo, mas o terapeuta também precisa do paciente para sustentar sua imagem de auxiliador – aquela pessoa entendida, grandiosa, que está disposta a compartilhar suas conquistas com os necessitados. Neste ponto é fácil nascer um relacionamento desequilibrado, centrado em poder e dependência.
O trabalho de luz é algo muito diferente. Para entender o que verdadeiramente é o trabalho de luz ou cura espiritual, você precisa abandonar a imagem tradicional de “terapeuta ajudando paciente” ou “médico curando paciente”. Você precisa abandonar a própria idéia de que ajudar quer dizer dar alguma coisa a outra pessoa. A própria idéia de que falta alguma coisa à outra pessoa é prejudicial ao seu processo de cura. A verdade é que a única maneira de ajudar alguém é conscientizá-lo do seu próprio poder e capacidade de curar a si mesmo. A marca de um bom professor é que ele se faz menor em vez de maior. Os verdadeiros professores encorajam você a reassumir o seu poder interior e não aceitam a sugestão de que você é pequeno, necessitado e dependente de alguém mais. Os verdadeiros professores nunca se apresentam como autoridades. Isto é uma coisa boba de se fazer. O verdadeiro presente de um curador é conscientizar a pessoa da sua própria autoridade interna, do fato de que ela é uma centelha de Deus e tem à sua disposição todo o conhecimento do qual precisa.
A cura verdadeira é muito simples. Ela não requer métodos elaborados nem conhecimentos. Estou falando aqui da cura para a alma. Naturalmente, problemas físicos podem precisar da ajuda de médicos especialistas que possuem conhecimentos e capacidades específicos. Entretanto, a cura que afeta a alma é muito simples. Se você for até a raiz dos problemas mentais e físicos de uma pessoa, de alguma forma encontrará a crença de que ela é impotente, desprezível, indigna de ser amada e está condenada.
A causa mais profunda é que a pessoa se sente desconectada do seu verdadeiro ser, da centelha de luz divina que ela realmente é. Oferecer cura a uma pessoa é abrir sua lembrança do Lar, é relembrá-la da sua beleza perfeita, da sua força e inocência.
Como se faz isso? Em primeiro lugar, não existe nenhum método nem remédio fixos. Não é um procedimento mecânico. É uma transmissão de energia que pode acontecer de várias maneiras. Voltarei a este ponto, mais adiante. Em segundo lugar, ninguém se cura a menos que decida se abrir para a cura. Não se pode forçar a cura a ninguém. Ela é uma decisão da pessoa. Na verdade, a cura real é uma espécie de milagre: é o nascimento de uma nova consciência na alma. É uma criação do indivíduo e não pode ser prevista de antemão.
Na vida de toda e qualquer pessoa existe um momento em que ela se defronta com a escolha entre a sombra e a luz. A sombra representa a entrega ao auto-julgamento, ao ódio de si mesmo, a pensamentos negativos e ao medo. A luz representa a abertura para a bondade, o perdão, a alegria e a abundância que são verdadeiramente a marca da divindade. A escolha depende de cada um.
Mesmo que o mais lindo anjo lhe acene, convidando-o a liberar o passado e entrar no reino de Deus, fundindo-se novamente com a centelha de Luz que você é, a decisão depende de você. Se estiver imerso em imagens profundamente negativas de si mesmo ou de outra pessoa, se estiver sob o domínio do medo e da raiva, talvez você nem repare no anjo. Na verdade, o anjo da cura sempre está perto de você. Ele é o seu Eu Superior ou Eu Verdadeiro, sua divindade tentando relembrá-lo de quem você é.
Algumas vezes na sua vida, você encontra pessoas que fazem o papel do anjo da cura por algum tempo. Pode ser que nem estejam conscientes disso, mas elas o ajudam a se lembrar de quem você realmente é. O modo com que elas o escutam ou falam com você permite que uma centelha do seu Eu Verdadeiro repentinamente penetre a sua consciência e você se sinta alegre e inspirado depois de estar com elas. Isto pode inspirá-lo a escolher a luz, e tomar decisões na sua vida que sirvam ao seu Eu Superior, à sua paixão e amor pela vida. A presença do anjo pode servir como um lembrete, e pode ser a chave para a mudança na sua vida, mas mesmo assim, a decisão de confiar e dar um salto de fé é sua. Só você pode fazer o milagre acontecer!
Você deve ter encontrado anjos de cura na sua vida, e provavelmente deve ter sido um anjo de cura para os outros em diversas ocasiões, mesmo que não soubesse disso. O ponto importante aqui é que isto é o trabalho de luz. Não se trata de curar ou consertar as pessoas, não se trata de lhes oferecer soluções para os seus problemas, não se trata de lhes ensinar certas habilidades ou conhecimentos ou regras de ética. Todas essas ações pressupõem que lhes falta alguma coisa, que elas são pequenas e indefesas. A cura espiritual vira esse quadro de cabeça para baixo.
Se você tem a intenção de oferecer cura espiritual para uma pessoa, o que você lhe oferece é realmente uma mudança de percepção. Em vez de se concentrar nos problemas dela, nas suas questões e nos seus sentimentos de impotência, você se concentra na essência da pessoa, na sua inteireza, na sua beleza radiante. Se existe alguma coisa que um curador espiritual pode oferecer, esta é a dádiva da verdadeira visão. Se você for capaz de olhar através da dor, da raiva, do medo e do comportamento autodestrutivo de uma pessoa e enxergar o anjo de luz em seu rosto, você lhe oferece algo muito precioso. Ao enxergar a essência verdadeira da pessoa, você invoca essa essência e a convida a se apresentar. Perceber o verdadeiro poder e a luz interior de um ser humano, mesmo quando eles não se mostram na superfície, é como chamá-lo por seu nome verdadeiro. Não há nada mais poderoso do que ser chamado por seu nome verdadeiro.
O que eu fiz, quando realizei as supostas curas milagrosas, durante a minha vida na Terra como Jesus, foi entrar em contato com a essência divina das pessoas. Quando eu enxergava e sentia a centelha divina em alguém, essa essência despertava e era ela que realizava a cura, não eu. A recordação da própria divindade é que restaurava a saúde mental e até mesmo física daquelas pessoas. Esses encontros nem sempre resultavam em cura, porque sempre dependiam do indivíduo abrir-se ou não para a cura. O milagre estava nas mãos do interessado, e isto é importante lembrar sempre que você trabalhar com pessoas com o propósito de cura.
Toda cura espiritual vem de dentro. Você não cura ninguém como trabalhador da luz. Você cria um espaço de abertura, de não-julgamento, que convida o outro a olhar para si mesmo de uma forma aberta e compassiva. Em vez de tentar resolver qualquer problema externo, você contata a alma do outro e mantém uma visão de confiança e clareza para ele. Esta é a forma de ser do trabalhador da luz. Você tenta devolver ao outro a sua própria grandeza, em vez de se concentrar na sua pequenez. Trabalhar com uma pessoa no nível da alma significa mostrar-lhe a responsabilidade que ela tem por sua própria vida. Se você fizer isto amorosamente e sem julgamento, a pessoa não vai sentir que essa responsabilidade seja um fardo; vai sentir que assumir a responsabilidade é libertador e que a ajuda a reassumir o seu poder pessoal. Ao acreditar realmente nos poderes criativos do outro, você espelha a própria força dele através dos seus olhos e palavras. Concentrando-se no que é inteiro e puro no outro, você reforça isso nele.
Você só pode fazer isso se acreditar verdadeiramente que é possível. Se, em algum nível, você duvidar que o outro seja capaz disso, confirmará o sentimento de fraqueza da pessoa, em vez de invocar sua força. Você é mais poderoso como curador quando confia plenamente na capacidade do outro de resolver seus próprios problemas e abandona qualquer idéia de que ele seja dependente de você. Talvez você sinta que devolver a responsabilidade para o outro desta forma significa abandoná-lo ou dizer-lhe que resolva suas questões por si mesmo. Entretanto, desfazer os laços de dependência não quer dizer que você não esteja mais à disposição do outro para ajudá-lo. Você continua lá, mantendo sua fé na verdadeira força e poder interior dele, encorajando-o a ultrapassar suas limitações auto-impostas e ser tudo que ele pode ser. Mas ele é que vai decidir o que fazer com o espaço de cura que você lhe oferece.
Sei que muitas vezes é difícil ver outras pessoas sofrerem, especialmente quando são seus entes queridos. Pode lhe parecer impossível parar de “ajudá-los”, se desapegar deles e pôr sua energia em outro lugar. Mas, por favor, pare por um instante e pense se você está realmente ajudando-os desse modo. Se eles dependem da sua energia de bondade e apoio para se sentirem bem, como poderão algum dia enfrentar a falta de bondade e apoio deles mesmos em relação a si próprios? No nível da alma, você pode estar reforçando a fraqueza deles em vez de despertar seu verdadeiro poder interior. Isto afeta a ambos negativamente.
Ser um trabalhador da luz ou curador espiritual significa procurar se conectar com os outros de alma para alma. No nível da alma, todos os seres humanos são iguais e ninguém está à frente de ninguém. Todos são centelhas da existência que vocês chamam de Deus. No nível humano, pode parecer que uma pessoa seja mais entendida, evoluída ou sábia do que outra. Mas, da perspectiva da alma, este tipo de julgamento torna-se obsoleto. Todas as almas estão viajando através do universo infinito e passam por vários ciclos de experiência e crescimento. Pode ser que você esteja ajudando alguém que está sofrendo de grave desequilíbrio emocional, devido às circunstâncias muito difíceis que encontrou na vida. Pode ser que, neste ponto do tempo, você seja aquele que está oferecendo ajuda. Mais tarde, porém, quando esse ser sofredor tiver recuperado sua força, ele pode se tornar seu professor e lhe mostrar sabedoria e compaixão tão profundas, que o surpreenderão.
Para oferecer cura espiritual ou ser um trabalhador da luz, é importante ter sempre em mente que você é igual aos outros no nível da alma. É essencial que você reconheça a sua própria humanidade e que você está realmente no mesmo barco que os outros. Você pode estar mantendo um espaço de luz e compaixão para alguém, mas isto não o torna diferente dele, no sentido de “ser superior” ou “estar acima” dele. Não se identifique com “ser um trabalhador da luz”. Se você se sente atraído para ajudar as pessoas a descobrirem o verdadeiro poder que existe dentro delas, siga sua paixão e faça o que você ama fazer.
O trabalho de luz pode tomar todos os tipos de formas; ele certamente não se limita a oferecer terapia. Geralmente, se você fizer o que realmente ama fazer, verá que inspirará os outros a fazer o mesmo. Ser uno com a centelha de Deus no seu coração o conduzirá naturalmente para o tipo certo de trabalho ou de relacionamento ou de lugar para morar. Viver a partir do coração é realmente muito simples. É se conectar com o desejo do seu coração, sua alegria verdadeira, e ousar agir de acordo com isso. É isto que o torna um trabalhador da luz, e não necessariamente o fato de “ajudar outras pessoas”. Porque, ao trazer para o mundo a canção exclusiva da sua alma, você inspira outras pessoas a também acreditarem em si mesmas e a trazerem o melhor de si para o planeta. A luz se irradia naturalmente para fora. Você não precisa se preocupar sobre como difundir a luz no mundo. Não tente ser bom e útil. Tente viver de acordo com sua natureza divina e única, e o mundo será um lugar melhor por causa disso.
© Pamela Kribbe 2011
Tradução de Vera Corrêa  veracorrea46@ig.com.br

domingo, 13 de março de 2011

Mensagem de Saul - por John Smallman - 6 de fevereiro de 2011

A humanidade está bem no seu caminho do despertar, e a evidência disto pode ser vista por todo o mundo conforme o interesse pelos oprimidos, os depauperados e pelo próprio planeta se intensifica.

É verdadeiramente um tempo maravilhoso em que a bondade, a compaixão e a generosidade começam a florescer.
O número de vocês que doam suas vidas ao serviço expandiu-se fenomenalmente nestes últimos dez anos, e o efeito disto é aparente em todas as partes.

Muitos mais estão sendo chamados para servir e estão respondendo a esse chamado ao entender como é ele jubiloso.
A ganância e o egocentrismo estão declinando, apesar de que possa parecer não ser o caso já que muita corrupção, que antes estava oculta, está sendo exposta.
Tenham fé em si mesmo e na sua orientação, porque Deus está com vocês em todos os momentos proporcionando apoio amoroso em abundância para ajudá-los a responder ao chamado d'Ele.
Ele quer que vocês despertem, é por isso que Ele os está chamando para Casa.

A Luz que arde dentro de cada um de vocês está cada vez mais brilhante e atraindo sua atenção para a maravilha que vocês são, os filhos de Deus, e vocês começaram a reconhecer uns aos outros e a celebrar esse reconhecimento.
Começa a lhes ficar aparente que todos vocês são ternamente amados e que toda a ajuda de que vocês precisam para encontrar seu caminho para Casa está constantemente disponível para vocês.
Saber disto é inspirador e lhes traz paz, confiança e satisfação enquanto vocês trilham seu caminho para Casa.

Sua chegada em casa é garantida.

Vocês sabem disso lá no fundo, e esse conhecimento está se infiltrando em sua consciência já que sua Luz interior vai se tornando mais brilhante conforme o seu momento de despertar se aproxima. 
Vocês têm se esforçado muito e durante muito tempo para chegar a este ponto, e nada pode entrar no seu caminho para impedir seu progresso, porque o poder da assistência divina está com vocês em cada passo do caminho.
Se vocês pudessem perceber o quanto são amados, e o quanto vocês são honrados pelo que estão fazendo, vocês ficariam surpresos!
Não se focalizem no sofrimento e na miséria dentro da ilusão, e sim, focalizem-se no conhecimento de que a ilusão irá acabar e será substituída pelo deleite extraordinário da existência na Luz do eterno dia de Deus, onde qualquer outra coisa diferente disto é impossível.
Claro que isto não quer dizer que vocês não vejam o sofrimento que a ilusão provoca, porque, enquanto vocês permanecerem nela, isto seria impossível.
Estejam conscientes disto, ajudem a aliviar isto onde vocês puderem com compaixão, bondade e generosidade, mas se focalizem alegremente no conhecimento de que é um pesadelo cujo fim está se aproximando; e com o fim dele, a miséria e o sofrimento que ele contém desaparecerão, sem terem nunca existido, porque nada que não é Deus poderia jamais existir.

Não existirão memórias traumáticas, somente o encanto eterno na perfeição da divina Realidade de Deus. 

Com muito amor, Saul.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu e mais ninguém no mundo


Vivemos na cultura do EU – EU quero, EU gosto, EU pego – EU não reflito.

O trânsito de São Paulo é o melhor teste para quem se diz “evoluído”- ao menor sinal de que o motorista da frente irá demorar, a evolução vai para o além, e palavras feias vêm à mente e à boca.

Ou em outra situação, onde há espaço para dois veículos, e o bonito ou a bonita estaciona seu lindo e inigualável automóvel no meio de tudo, sequer considerando que alguém poderia ser beneficiado pela outra vaga.

E os pedestres? Escolados que estão, NUNCA ousam atravessar mesmo na faixa a eles destinada.  Antes, olham para cá, olham para lá, e só então atravessam. Essa cautela não previne que um motoqueiro louco venha lá do outro quarteirão e alcance a faixa, buzinando como se só existisse ELE no Universo todo!

Destes exemplos diários podemos tirar uma importante lição – a espiritualidade não é algo lá em cima no céu, mas algo concreto, aqui da Terra, do dia-a-dia. Ela se faz no modo como olhamos para nossos semelhantes, na forma como tratamos as pessoas, independentemente da posição social delas.

Ser evoluído não é repetir mantra e acumular conhecimentos, é, antes de tudo, cuidar de quem se ama, dar atenção aos velhos, proteger as crianças todos os dias do ano, é lembrar que todos erramos, e que podemos aceitar que o outro também erra.

Ser espiritualizado é realizar a difícil tarefa de trazer a benevolência para nossos rotinas, concretizada em pequenas gentilezas com o outro. É reconhecer que ainda temos muito que evoluir, uma vez que o estado deplorável no qual se encontra nosso planeta nos delata.

Ser consciente é admitir dificuldades, é ser espontâneo sem ferir ninguém.

Ao final, tudo é relativo e transitório.  Por que entrarmos em discussões estéreis sobre quem tem razão?

Um dia a Terra será apenas uma lembrança do cosmos. 

Marcia Maria de Rizzo -   02-03-2011
Olá, receba as boas vindas e um abraço.
Marcia

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